"Eu sou aquele que se levanta e ilumina parede

após parede, cada coisa em sucessão.

Não haverá um dia que falte a sua devida iluminação.

Passem, ó criaturas, passem,
Ó mundo! Ouça!
Eu ordenei que você fizesse isso!

Eu sou o Nenúfar cósmico que surgiu

brilhando nas águas negras primordiais de Nun,

e minha mãe é Nut, o céu noturno."

 Ó você que me criou, eu cheguei,

sou o grande governante de Ontem,

o poder de comando está em minhas mãos.”

Feitiço 42
O livro egípcio
dos Mortos

Reverenciada como flor sagrada e erva medicinal há milênios tornou-se conhecida por seus poderes restauradores e propriedades psicoativas. É uma planta aquática cativante com impressionantes pétalas azuis, nativa das águas rasas e lamacentas do rio Nilo, no Egito. É um tipo de lírio, conhecido como Nenúfar Azul, Lírio Azul Sagrado do Nilo ou Lótus Egípcio. 

As culturas antigas utilizavam tal flor para fins medicinais e alinhamento espiritual, dada sua capacidade de alterar a consciência, a conduzindo para estados mais elevados. Os antigos egípcios, chineses, japoneses, indianos, budistas e gregos mantiveram a Lótus Azul em status estimado.

À medida os mistérios, benefícios e segredos em torno da flor de Lótus Azul se espalharam pela África e Ásia, ela tornou-se um composto terapêutico e espiritual integral. Seus usos históricos incluíam desintoxicação, meditação, medicina e ritos amorosos e de passagem.

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Lótus Azul na Mitologia Egípcia Antiga
Os antigos egípcios reverenciavam a Lótus Azul por seus padrões de florescimento únicos. As pétalas desta flor aquática abrem com a primeira luz, seguindo o arco do sol ao longo do dia e fechando finalmente ao pôr do sol. 

Eles consideravam este processo um símbolo de renascimento, associando-o intimamente ao deus Rá (o deus do sol) e a Osíris (o deus do submundo). Eles frequentemente criavam arte, artefatos e hieróglifos para espelhar esse símbolo.

A Lótus Azul também serviu como componente essencial em cerimônias religiosas e rituais xamânicos graças às suas propriedades psicoativas. Os egípcios acreditavam que ela poderia fornecer uma conexão espiritual com a vida após a morte e uma comunicação com o divino. O famoso “Livro dos Mortos” menciona a planta em vários capítulos relativos a rituais mágicos e religiosos. 

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Lótus Azul no Budismo e no Hinduísmo
No budismo e no hinduísmo, a flor de Lótus Azul é um poderoso auxiliar na meditação e um símbolo espiritual. De acordo com a lenda do Sutra de Lótus, uma flor de lótus floresceu em todos os lugares onde o bebê Buda pisou.​ Ela simboliza a sabedoria, o conhecimento e a vitória do espírito sobre os sentidos. Está associado à pureza e à iluminação, pois emerge imaculada das águas lamacentas, espelhando a jornada da alma humana em direção à realização espiritual.

​No hinduísmo, a flor de Lótus Azul é um símbolo da beleza divina. Tal como os budistas, os hindus acreditam que a lama, onde algumas criaturas vivem, era o local mais improvável para criar uma flor de tamanha beleza. Ela aparece em obras de arte como um símbolo do deus Vishnu, a quem associam à preservação e proteção.

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Propriedades medicinais, terapêuticas e espirituais da Lótus Azul

As culturas antigas reverenciavam a "Blue Lótus" por suas propriedades místicas. Eles também reconheceram o profundo potencial terapêutico do nenúfar. Pesquisas posteriores mostrariam que as flores de lótus azuis contêm alcaloides e flavonoides que apresentam efeitos calmantes e propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes.​

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Bem-estar elevado:‍

​O uso medicinal da Lótus Azul se estende por milhares de anos. Apareceu na medicina tradicional como ingrediente para aliviar o estresse, a ansiedade e a insônia. 

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Indução à meditação e ao relaxamento:

​No Ayurveda, um dos sistemas médicos mais antigos do mundo, acredita que o aroma da Lótus Azul estimula a respiração profunda e o relaxamento, tornando-o uma meditação regular e um auxílio para dormir. 

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Sonhos e visões: 

​As culturas antigas perceberam que A Lótus Azul era psicoativa e registros apontam que os egípcios utilizavam a planta para acalmar tensões emocionais e induzir sonhos lúcidos. 

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Tratamento de doenças: 

​A flor de Lótus Azul é abundante em flavonóides como quercetina, kaempferol, miricetina e flavonóis, que apresentam atividade antioxidante promissora. Por causa disso, a medicina ayurvédica comumente a usava para tratar diarréia, febre, problemas urinários e palpitações cardíacas. 

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Aumento da libido: 

​Os antigos egípcios e maias usavam a Lótus Azul como planta ritual para alcançar êxtase e excitação. O papiro egípcio de Turim retrata reuniões da sociedade de elite que compartilhavam bebidas sagradas imbuídas de extratos desta flor, referenciando suas qualidades afrodisíacas. Estudos mostram que um dos seus componentes ativos, a nuciferina, pode ajudar com problemas relacionados aos músculos, como a disfunção erétil. 

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‍Compostos Ativos Primários 

​Especialistas atribuem poderes terapêuticos à Lótus Azul dado aos principais componentes alcalóides aporfínicos: nuciferina e apomorfina. A apomorfina é um composto psicoativo que estimula os receptores de serotonina e partes do cérebro influenciadas pela dopamina. A nuciferina bloqueia a estimulação excessiva do receptor de dopamina, servindo como analgésico e auxiliar no sono.

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Apomorfina
Aparece frequentemente em ambientes clínicos como anestesia e para aliviar problemas de sono associados à doença de Parkinson. Estudos também associam a apomorfina à redução dos níveis de ansiedade. Os médicos reconhecem a apomorfina como o medicamento antiparkinsoniano mais antigo do mercado e prescrevem-no cada vez mais na Europa para pacientes com doença de Parkinson avançada com flutuações motoras.

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Nuciferina
A nuciferina pode relaxar as artérias e aliviar a inflamação, o que pode contribuir para efeitos terapêuticos que ajudam na ansiedade, no sono e no desempenho muscular. Estudos também o associam a impactos anti-obesidade que podem ajudar na perda de peso. Outro estudo sugere que a nuciferina pode ter aplicações terapêuticas potenciais como medicamento antipsicótico. O perfil do receptor da nuciferina é semelhante ao da clozapina, um dos medicamentos antipsicóticos de maior sucesso.

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​‍Efeitos psicoativos

 apomorfina e a nuciferina também exibem efeitos psicoativos devido à sua ativação neural. A estimulação da serotonina e da dopamina da apomorfina cria efeitos que melhoram o humor e aumentam o estado de concentração. 
A atividade bloqueadora do receptor de dopamina da nuciferina resulta em sedação, relaxamento e potencial alívio da ansiedade. A apomorfina e a nuciferina interagem com a dopamina de maneiras contraditórias. No entanto, os compostos sinergizam para produzir um conjunto equilibrado de efeitos, criando uma experiência psicoativa única que inclui elementos estimulantes e calmantes.

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Fonte Principal: ACS LABORATORY

https://www.acslab.com/wellness/blue-lotus-history-effects-products​